Câmara Municipal Ribeira Brava

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Património Cultural

IGREJA MATRIZ DE RIBEIRA BRAVA / IGREJA DE SÃO BENTO

Não se sabe ao certo a data da fundação da antiga capela de São Bento, que foi a sede da paróquia e da colegiada, devendo a sua existência remontar ao segundo quartel do século XV. Esta capela sofreu varias alterações e reparos até que se construiu a actual igreja paroquial. É um dos mais antigos templos rurais desta diocese, tendo passado por diversos acrescentos e modificações, mas a sua primeira edificação não deve ser posterior à segunda metade do século XVI.

No entanto, numa análise sobre a igreja hoje existente, chega-se à conclusão de ter sido um pequeno templo com um interessante portal pré-manuelino, em princípio, hoje colocado como portal da capela do Santíssimo. Trata-se de um portal de três arquivoltas góticas, dotados de capitéis historiados, praticamente sem paralelo na ilha. Por outro lado, podemos atribuir a essa pequena escola manuelina os trabalhos da pia baptismal e do púlpito da matriz, havendo, na inscrição da pia, a indicação de ser oferta do rei D. Manuel I.

Tendo com orago a S. Bento, a Igreja é dotada de um portal de três arquivoltas góticas, dotados de capitéis historiados, praticamente sem paralelo na ilha. A sua construção data do Séc. XVI, sendo modificada através dos séculos até chegar ao edifício actual.

No seu interior, a igreja possui três altares principais: o altar-mor e outros dois laterais. A capela-mor é denominada por um magnífico retábulo de talha dourada e policromada dos finais do séc. XVII, atribuído à oficina da Manuel Pereira de Almeida, igualmente responsável pelos outros dois altares.

Poderá encontrar também no conjunto interessante de imagens, uma imagem monumental da Nossa Senhora do Rosário, de produção flamenga, talvez das oficinas da Antuérpia, datada de cerca de 1520. A matriz ainda possui uma magnífica tábua atribuída ao pintor flamengo, Francisco Henriques, representando Nossa Senhora. S. Bento e S. Bernardo.

No seu interior podemos encontrar trabalhos manuelinos como os capitéis, o púlpito da Matriz e a pia baptismal (oferta de D. Manuel I), bem com de um pequeno núcleo possuindo um espólio de 66 peças, no qual existem castiçais em prata, coroas, varas, galhetas, cálices, caldeirinhas e outros materiais em prata datados do séc. XVI, XVII.


IGREJA DO CAMPANÁRIO

A Igreja actual foi edificada em 1963, em substituição da anterior Igreja que no frontispicio tinha a data de 1683, que devia ser a da reconstrução. Existia referência a uma Igreja em 1677.Situada no centro da freguesia do Campanário, concelho da Ribeira Brava, a Igreja Paroquial de Campanário foi edificada no ano de 1683, sendo o seu padroeiro São Braz, padroeiro dos animais selvagens e muito procurado para bençãos a quem sofre de doenças de garganta.
A festa principal da paróquia é realizada no dia 2 Fevereiro, véspera do dia de São Braz.


FORTE DE SÃO BENTO

A defesa da Ilha foi sempre uma das preocupações constantes, tanto por parte dos reis, como dos donatários da ilha. Assim, era necessária a defesa da costa perante os inimigos. A sua construção foi determinada pelo governador Duarte Sodré Pereira para defesa daquele ancoradouro.Por vezes alguns piratas atacavam a costa, vivendo as populações ribeirinhas em constante sobressalto.

Pequena Torre de planta circular, coberta por um terraço ameado com guarita. Embasamento em pedra aparente encimado por cordão saliente e, superiormente, em alvenaria de cimento apresentando tratamento respingado, com incisões a emitar cantaria.Na fachada principal virada a norte, abre-se um portal em arco de volta perfeita, encimado por inscrição e armas nacionais. Do lado do mar pode-se observar um pequeno nicho contendo uma imagem de S.Bento. Este forte foi mandado levantar em 1708 pelo Governador da Madeira, Duarte Sodré Pereira, com o intuito de defender as opopulações dos ataques de piratas e corsários. Em 1920 esta pequena fortificação foi alugada à Câmara Municipal para servir de prisão.

Em 1815 há referências sobre a um pequeno forte triangular junto à embocadura da ribeira, e um outro denominado de Forte de S. Sebastião, que foram ambos arruinados por um aluvião em 1803, dos quais não restaram vestígios. Um outro é o Forte de S. Bento, que naquela época estava arruinado. Em 1916 adiantavam-se obras para a sua recuperação e embelezamento do que hoje pode ser visto na Marginal da Ribeira Brava.

Hoje, perfeitamente adaptado ao contexto visual da vila, o forte serve de Posto de Informações.


SOLAR DOS HERÉDIAS

Património secular.

O Solar dos Herédias é um edifício classificado como Monumento de Interesse Municipal desde 1994.

Localizado no centro da vila, quase ao lado da igreja matriz, este histórico imóvel ribeira-bravense foi a antiga moradia do fundador do concelho e visconde da Ribeira Brava, Francisco Correia Herédia. É datado de finais do século XVIII, princípios do século XIX – tem cerca de 200 anos.

Dotado de um jardim verdejante em seu redor, o Solar dos Herédias é desde há muitos anos sede da Câmara Municipal da Ribeira Brava. É um local ideal para um pequeno passeio ou para uma pausa acompanhado pela beleza da natureza.


ANTIGO CONVENTO FRANCISCANO

No início do século XVII, o Convento de Santa Clara do Funchal, possuía o domínio directo de diversas propriedades no lugar da Ribeira Brava, uma casa térrea na antiga Rua da Bagaceira , denominação seiscentista da artéria onde hoje se situa o Museu Etnográfico da Madeira, foreira àquele convento, foi adquirida por Luís Gonçalves da Silva, capitão das ordenanças da Ribeira Brava, que casou, em 1682, com D. Antónia de Meneses.O capitão Gonçalves da Silva, ampliou então a sua moradia, tendo-lhe acrescentado um piso e, na ilharga sul do prédio, mandou edificar, em 1710, uma capela dedicada ao patriarca São José, onde viria a ser sepultado. Ainda podemos observar, embora modificado, implantado no edifício onde se acha instalado o Museu Etnográfico, o portal da referida ermida.

Luís Gonçalves da Silva e sua mulher, por disposição testamentária, efectuada em 1716, instituíram um vínculo perpétuo imposto na casa onde residiram, em diversas fazendas e na própria capela de São José, o qual seria somente abolido em 1860.

Em 1853, José Maria Barreto, último administrador do vínculo de São José, converteu o arruinado solar numa unidade industrial, tendo para o efeito constituído uma sociedade com Jorge de Oliveira.

Foi então ali montado um engenho de moer cana-de-açúcar, de tracção animal e um alambique de destilação de aguardente , em 1862, a sociedade fabril, com um novo sócio, o Pe. João António de Macedo Correia e Freitas, passou a utilizar energia hidráulica, instalando-se, nesse ano, uma roda motriz de madeira, servida por una levada, e um engenho de moer cana com três cilindros de ferro horizontais. Em, 1868, funcionavam também naquela fábrica dois moinhos de cereais.

Ocorreram depois, ao longo dos anos, sucessivas transacções das quotas da empresa e, finalmente, em 1974, os herdeiros de João Romão Teixeira, proprietários do edifício, venderam-no à junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal.

O Governo Regional da Madeira decidiu instalar no antigo engenho de aguardente da Ribeira Brava o Museu Etnográfico da Madeira, projectado pelo arquitecto João Francisco Caíres foi inaugurado em 15 de Junho de 1996.

A artéria onde hoje se localiza o Museu Etnográfico é denominada presentemente Rua de São Francisco, reminiscência ancestral do desaparecido hospício franciscano de Nossa Senhora da Porciúncula, que se situava, logo abaixo do engenho, no actual Largo dos Herédias, erguido no ano de 1730, as suas ruínas foram demolidas em 1916.

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