Câmara Municipal Ribeira Brava

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História das Freguesias

Ribeira Brava

O povoamento da freguesia da Ribeira Brava terá sido iniciado por volta de 1440. Situada na costa sul da Ilha da Madeira e fundada a 21 de março de 1462, a Ribeira Brava foi das primeiras freguesias criadas na ilha da Madeira. Por se encontrar num ponto estratégico e pela importância que assumiu desde a sua criação, esta freguesia é a sede do Concelho da Ribeira Brava.

Nos primórdios do seu povoamento foram desbravadas florestas para preparar a terra para o cultivo agrícola, ao que se juntou a criação do gado e a pesca. Tudo isto garantiu a subsistência dos primeiros povoadores. Surgiram, assim, as searas, as hortas, a vinha e as árvores de fruto localizadas junto às tradicionais casas de palha, mais tarde substituídas por luxuosas vivendas senhoriais. Nasceram na Freguesia o gramático e humanista Padre Manuel Álvares, José Anselmo Correia Henriques, José Ferreira Pestana, Belchior de Teive e o Visconde Herédia, figura fulcral para o desenvolvimento da Ribeira Brava e, até mesmo, da ilha da Madeira.

O nome Ribeira Brava tem origem na impetuosa ribeira que atravessa a Vila, fruto dos cursos de água que nascem e percorrem a Serra de Água e que se juntam na Meia Légua, numa extensão total de cerca de 8 quilómetros.

Mercê da sua localização geográfica central e das suas excelentes acessibilidades, a Ribeira Brava continua a ser um ponto de comunicação fundamental para a ilha, sendo um local de paragem obrigatório para quem visita a localidade.

A freguesia da Ribeira Brava vai do mar à serra e é constituída por diversos sítios. Tem 17,50 km² de área e 6.588 habitantes (Censos 2011), sendo a sua densidade populacional de 356,6 hab/km². Localiza-se a uma latitude 32.65 (32°39′) norte e a uma longitude 17.0667 (17°4′) oeste, estando a uma altitude de 0 metros. Nesta freguesia, a atividade principal continua a ser a agricultura, a pesca e o comércio.

Embora o santo padroeiro da freguesia seja São Bento, a grande festividade que se realiza na Ribeira Brava é a Festa de São Pedro, a 29 de junho, sendo uma das mais concorridas romarias da ilha. A festa tem como pontos altos a descida da “charola” vinda do sitio da Fajã; a “dança de espadas” e o desfile de marchas populares de São Pedro.

A freguesia da Ribeira Brava oferece os serviços essenciais ao bem-estar da população residente e aos seus visitantes, pois possui clínicas; centro de saúde; bombeiros; a sede da ACIN; PSP; agências bancárias; associações desportivas e culturais; finanças; supermercados; cais atracável; praia; piscinas; hotéis e alojamento local; restaurantes; cafés; pastelarias; lojas; mercado; estacionamentos etc.

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Campanário

O nome “Campanário” teve origem quando os descobridores chegaram à ilha da Madeira e ao passar pelo Cabo Girão viram um ilhéu com duas altas pernadas. Ao ver a rocha, com uma estrutura tão estranha e tão parecida a um campanário, deram então o nome à localidade.

De acordo com alguns registos, Campanário é freguesia desde o século XVI, tendo sido fundada a 15 de maio de 1515. Até 1835 esteve integrada no concelho do Funchal. Entre 1835 e 1914 fez parte do município de Câmara de Lobos. Em 1914 passou para a posse administrativa do concelho da Ribeira Brava.

A freguesia do Campanário é a segunda mais populosa do concelho. Situa-se na linha da costa (sul) a oriente da sede de concelho. Na época dos descobrimentos era conhecida por “celeiro da conquista”, pois era abundante em cereais em número suficiente para abastecer a ilha e as praças do Norte de África. A existência de um Quartel Militar nesta freguesia, no sítio da Lapa e Massapez, revela a importância geoestratégica deste lugar na defesa da Ilha.

Campanário tem 11,80 km² de área e 4.582 habitantes (Censos 2011), tendo uma densidade populacional de 390,3 hab/km². A freguesia localiza-se a uma latitude 32.65 (32°39\’) Norte e a uma longitude de 17.033 (17°2\’) Oeste. Ficando a 10 km de Câmara de Lobos e a 5 km da Ribeira Brava, Campanário encontra-se dividido pelos seguintes sítios: Tranqual; Igreja; Lapa e Massapez; Furnas e Amoreiras; Fajã Velha; Vigia; Porta Nova; Chamorra; Porto da Ribeira; Pedra; Roda e Massapez; Jardim; Adega; Cova da Velha; Serrado; Calçada; Lombo do Romão; Palmeira; Longueira; Chapim; Pedregal; São João; Quebrada; Pinheiro; Rodes; Lugar da Ribeira; Lugar da Serra e Terreiros.

A atual igreja da freguesia foi edificada em 1963, sendo a data da construção da igreja anterior desconhecida. Porém, havia uma inscrição no adro desta com a data de 1683. No entanto, esta sofreu várias modificações. Existem também no Campanário as capelas de Nossa Senhora do Bom Despacho, Nossa Senhora da Glória e de São João Batista. Existiram outras igrejas, mas foram destruídas pela ação humana, como é o caso da Capela de Nossa Senhora da Conceição, sita na Fajã dos Padres, destruído num ataque de piratas.

Terra conhecida pelos seus arraiais e costumes “sui generis”, a freguesia do Campanário tem muito para visitar e conhecer ao longo do ano. Uma das tradições mais apreciadas é a apanha da açucena para a festa de Nossa Senhora do Bom Despacho. No sector do turismo possui vários pontos de interesse turístico, desde o mar até à serra, onde a prática de desporto pode ser desenvolvida conforme o gosto do visitante. Nos últimos anos o alojamento para turismo rural tem crescido bastante. Um dos lugares mais aclamados é o Calhau da Lapa, local de veraneio e descanso, outrora porta de entrada para esta freguesia. A Fajã dos Padres também não fica atrás, tanto pelo famoso vinho malvasia, como pela paisagem ou tranquilidade, sendo um local que faz as delícias de quem o visita.

Cerca de 35% da população ativa desta freguesia dedica-se à agricultura, para venda ou então consumo próprio. Batata, vinha, banana, laranja e frutas tropicais são as culturas mais rentáveis.

No campo industrial, os sectores que mais se destacam são: construção civil; carpintaria e serralharia; oficinas de automóveis; mármores e blocos de cimento. Quanto ao comércio existe uma rede básica que dá cobertura às necessidades da população. A freguesia possui também uma extensão do centro de saúde da Ribeira Brava.

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Serra de Água

A freguesia da Serra de Água foi criada a 28 de dezembro de 1676, tendo pertencido ao concelho da Ponta do Sol até 1914, altura em que a Ribeira Brava foi elevada a concelho. A Serra de Água está rodeada de um denso arvoredo e de altos montes, entre os quais sobressaem os picos da Cruz, do Cedro e o Pico Grande, num total de aproximadamente 19 picos. No pico da Encumeada, acima do Curral Jangão, existe uma pequena área que pertence à Laurissilva. Como a localidade está situada no centro da ilha, a sua rocha serve de estudo geológico, possuindo dois geossítios: um na Fajã dos Vinháticos e outro no Lombo do Mouro. A freguesia é irrigada por ribeiros e ribeiras que, em conjunto, formam a ribeira que desagua na Ribeira Brava.

O nome desta freguesia deriva da utilização de engenhos destinados à serração de madeira, movidos com a força da água da ribeira, as “serra(s) de água”. A ribeira também servia de “transporte” para fazer chegar as madeiras à vila da Ribeira Brava. Assim, o comércio e a exportação de madeira geraram grandes lucros para os seus habitantes, que também se dedicavam à agricultura, apicultura, à pastorícia e ao fabrico de manteiga.

A Serra de Água está situada no centro da ilha, na parte sudoeste. Possui uma área de cerca de 24,70 km² e 1.049 habitantes (censos de 2011), tendo uma densidade populacional de 43,4 hab/km². A freguesia localiza-se a uma latitude 32.71667 (32°43′) Norte e a uma longitude 17.033 (17°2′) Oeste, estando a uma altitude de 640 metros.

A freguesia da Serra de Água está bem dotada de infraestruturas de apoio, possuindo uma escola, pavilhão, centro de saúde, Segurança Social, praceta, estacionamento, farmácia, multibanco, cabines telefónicas, praça de táxis, diversos bares (onde se pode provar a famosa poncha), restaurantes, alojamento local, um hotel e uma pousada, bem como espaços de lazer e miradouros, na estrada que sobe para a Encumeada. Um dos pontos de interesse da freguesia é a famosa Central Hidroelétrica, a primeira a ser construída na ilha da Madeira e inaugurada, em 1953, pelo General Craveiro Lopes.

A padroeira da freguesia é a Nossa Senhora da Ajuda, sendo que a festa em sua honra tem lugar a 15 de agosto. Anualmente, no último fim de semana de janeiro, tem lugar nesta freguesia a Mostra da Poncha e do Mel.

A freguesia da Serra de Água é um lugar agradável para viver e também para visitar, possuindo trilhos, veredas e levadas para percorrer, através dos quais pode-se deslumbrar a paisagem do “vale mais bonito da Europa”.

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Tabua

Situada na margem da ribeira com o mesmo nome, a freguesia da Tabua foi criada por volta de 1588. Existe um antigo documento, datado de 2 de julho de 1743, que estabelece o Curato paroquial.

A partir de 18 de outubro de 1881, a freguesia foi anexada ao concelho da Ponta do Sol para efeitos administrativos. No entanto, em 1914, passou para a posse administrativa do concelho da Ribeira Brava. Situada à beira-mar, na costa sudoeste da ilha da Madeira, a Tabua é a freguesia mais pequena do concelho da Ribeira Brava. A paróquia teve origem na capela da Santíssima Trindade, substituída pela de Nossa Senhora da Conceição. A antiga capela de Nossa Senhora da Conceição foi destruída por um aluvião. A igreja paroquial atual data dos finais do século XVII.

Esta freguesia era tradicionalmente conhecida pelo nome “Atabua”, expressão que ainda hoje é usada por algumas pessoas da localidade. Em 1838, o seu nome foi alterado para Tabua pelo Padre António Francisco Drumond e Vasconcelos. O nome “Tabua” deve-se a um planta designada tabua que abundava por aquela região, a qual era utilizada no fabrico de esteiras e fundos de cadeiras.
A freguesia da Tabua tem uma área total de 11,10 km², possuindo 1.156 habitantes (censos 2011) e uma densidade de 104,8 hab/km². Localiza-se a uma latitude de 32.667 (32°40′) Norte e a uma longitude de 17.0833 (17°5′) Oeste. A Ribeira de Tabua nasce junto ao Pico das Pedras (altitude de 1510 metros), tendo um curso de água, de aproximadamente 7 km, que desagua na freguesia.

Nesta freguesia existem as capelas de Nossa Senhora da Candelária (em ruínas), Nossa Senhora da Conceição e a Capela da Mãe de Deus.

A atividade principal nesta freguesia é a agricultura, sendo que encontramos em abundância o cultivo da vinha, cana-de-açúcar e da banana.

No campo cultural podemos destacar as romagens da noite de Natal, o Cantar dos Reis, a visita do Espírito Santo, a festa da Santíssima Trindade e a Festa de Nossa Senhora das Candeias, que se realiza na capela de Nossa Senhora da Candelária a 2 de fevereiro. Na parte recreativa do campo cultural realce para o grupo de idosos que toca castanholas nas Missas do Parto.

Curiosamente, encontramos nesta freguesia algumas das mais belas casas senhoriais da ilha da Madeira, estando algumas delas transformadas em espaços de turismo rural. Inclusive, o turismo rural de habitação é uma atividade que parece estar em expansão nesta freguesia.

A freguesia da Tabua possui alguns percursos pelas levadas, sendo muito aprazáveis para os amantes de caminhadas, uma vez que se podem vislumbrar vistas fantásticas.

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