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Artesanato

ARTESANATO DA RIBEIRA BRAVA

O artesanato Ribeira-bravense é uma das grandes riquezas culturais da região que o distingue de outros concelhos da ilha. Podemos encontrar no município da Ribeira Brava belos bordados que impressionam pelo seu esmero na execução, artigos elaborados em canavieira e em madeira, empalhamento de objectos com vime sendo a arte de trabalhar com vime uma atracção no concelho.


O BORDADO

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O artesanato só tomaram um grande desenvolvimento em meados do século XIX, por se terem tornado conhecidos e muito procurados nos mercados britânicos, ganhando fama mundial. Esta indústria desenvolveu-se ao ponto de ser considerada uma das mais importantes actividades na Madeira.

As ‘viloas’, após terminada a faina pelos campos, dedicavam-se nos seus tempos mortos a bordar peças que eram verdadeiros primores artísticos.

Ao princípio o bordado manual era forte e duradou, feito com linha zulada em ‘morim’ ou ‘cambraia’, cuidadosamente trabalhado sobre os desenhos simples, mas logo passaram a aparecer trabalhos em linho, seda e em outras fazendas com cores e desenhos diversos.

Mais tarde as bordadeiras rurais, dada a grande procura, dedicavam-se quase exclusivamente ao bordado.

“Na escola Lancasteriana para meninas, fundada por Mrs Phelps em 1821, para além do ensino básico, nasceu o gosto pelas obras de agulha. Não tardou que muitas mulheres se dedicassem a este artístico trabalho para lutar pela sua subsistência.

Este ofício foi sendo imposto e aumentando conforme as encomendas estrangeiras, sobretudo inglesas, que faziam bordar os padrões à vontade. Assim, esta indústria começou a florescer na Madeira, emfunção da mão-de-obra ser muito barata.

Em 1866 contatava-se que, com a procura destes produtos, já trabalhavam milhares de mulheres no bordado. Como primeira forma de organizar este sector fundou-se, em 1894, uma associação de beneficiência denominada «Sociedade José Julio Rodrigues de Protecção às Bordadeiras Madeirenses». O bordado, usado para cobrir mesas de príncipes e de gomens abastados da Europa, passou, então a ser um sector importante da economia, adiquirindo fama mundial.

(…)O bordado era a parca subsitência de muitas famílias e muitas mulheres especialmente da Ribeira Brava e do Campanário dedicavam-se a esta tarefa. Na Madeira, durante a Última Grande Guerra, até alguns homens tiveram que bordar para matar a fome aos filhos.”

in “Ilha da Madeira -Roteiro Histórico – Marítimo”, João Adriano Ribeiro”


A TAPEÇARIA

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Em 1938 uma família de origem alemã, ao procurar diversificar a produção da sua fábrica de bordados, decide criar um atelier de tapeçaria. Rapidamente o pequeno atelier cresce em volume de negócios e em número de trabalhadores. A tapeçaria descobriu aplicações e usos em bolsas, forros de cadeiras, paineis, tapetes, almofadas, etc. Face a este sucesso várias firmas interessam-se por esta nova actividade que, a par dos bordados, ocupa actualmente um lugar de destaque na vida económica da ilha.

Na execução da tapeçaria o artesão utiliza várias técnicas, consoante o que pretende reproduzir: quando quer realçar pormenores usa o ponto miúdo, na matização base e no preenchimento de fundos usa o ponto grado, e recorre ao ponto gobelin quando pretender algo especial. O processo de reprodução de um quadro para a talagarça (tela) é muito moroso, utilizando mais de 2000 mil cores o artesão tem de desmanchar, corrigir, refazer até obter um resultado final.

Para além dos vimes, bordados e tapeçarias, outro tipo de artesanato existe, não menos importante embora menos conhecido. São por exemplo os casos dos artigos em osso de cachalote, dos chapéus de palha e dos embutidos.


ARTIGOS EM CANA VIEIRA

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Esta planta, de grande utilidade, disseminada por todo o Arquipélago da Madeira, é proveniente do Oriente. A Cana Vieira, conhecida também por Cana de Roca, é muito utilizada para o fabrico de rocas para fiar e pentes para tecelagem; canas e covos de pescar; gaiolas; cestaria; papagaios e outros brinquedos; flautas, reco-recos e outras peças de instrumentos musicais; e serve também para fazer o típico “Brinquinho” sempre presente no folclore madeirense.


ARTESANATO EM FOSFOROS

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