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Espaço do Artesão

Espaço do Artesão é um espaço dedicado à Cultura, situado na freguesia de Campanário, Ribeira Brava. Trata-se de um projeto que surgiu com o propósito de se preservar e valorizar o artesanato e a produção regional, como o bordado, artigos em cana vieira, em vime e muitas outras culturas. Assim como homenagear os artesãos e mestres de ofício do Município e conservar os saberes transmitidos ao longo de gerações.

O edifício que agora dá lugar a este novo projeto fora outrora uma escola primária e posteriormente a Sede da Junta de Freguesia de Campanário.

A 31 de março de 2021 foi, então, inaugurado o Espaço do Artesão, representando um investimento que ascende os 170 mil euros, cofinanciado pelo PRODERAM 2020 (Programa de Desenvolvimento Rural para a Região Autónoma da Madeira).

A Casa do Artesão, como é também conhecido, alberga um dormitório, uma cozinha, arrecadação e uma sala multiusos para a realização de atividades, nomeadamente ações de formação, ateliês e workshops, tendo em vista a transmissão de saberes, experiências e a promoção de valores culturais.

O que é o Artesanato?

O artesanato é, essencialmente, uma arte manual realizada pelo artesão com fins utilitários e/ou artísticos. Atualmente, é possível verificar uma adaptação de funções do artesanato, sendo que o que outrora tinha uma função meramente utilitária, hoje em dia se junta ao design contemporâneo, sendo utilizado como decorativo.

Artesanato tradicional é, portanto, a arte do saber fazer e do criar com as mãos. São velhos ofícios transmitidos de gerações em gerações, de pais para filhos que fazem parte da nossa tradição.

O artesanato na Região Autónoma da Madeira tem início na história do seu povo, uma vez que os bens de primeira necessidade e de uso doméstico eram escassos, muita gente viu no artesanato uma forma de sobrevivência.

Com o passar dos tempos procurou-se inovar no processo e contexto desta técnica ancestral, dando lugar à criação de novas peças e soluções que a mantenham atual e útil.

São diversas as atividades artesanais na Região, desde os artigos elaborados com cana vieira, em madeira, empalhamento de objetos em vime, cerâmica, olaria, as tradicionais bonecas de massa, bonecas de palha de milho, entre muitas outras.

O artesanato é, sem dúvida, uma das grandes riquezas culturais de um povo. É através das peças produzidas que os artesãos transmitem a cultura e tradição.

As artes e ofícios têm, desde sempre, um papel muito importante na afirmação das identidades locais, mantendo e preservando um vasto espólio de memórias e património etnográfico.

Exposições:

O Espaço do Artesão já acolheu trabalhos de diferentes artesãos da ilha, tais como:
Os trabalhos em canavieira do Artesão Avelino Namora (Campanário). Esta exposição continha, maioritariamente, gaiolas e cestos feitos em canavieira.

Artefatos em madeira do Artesão Adriano Pestana (Serra d’Água). Alguns deles eram tabuleiros, paus de poncha, colheres, bancos, todos esculpidos em madeira.

Esculturas em Pedra e Madeira, do Nelson Santos (Caniçal), relacionadas, essencialmente, com elementos da natureza e vida animal como, focas, tartarugas, polvos, baleias, cobras, gorilas, elefantes, pinheiros, etc. E ainda colares, ímanes e chaveiros feitos com os mesmos materiais. Este artesão costuma reaproveitar os materiais que encontra na natureza (como nas praias);

Os trabalhos feitos em cerâmica, do Artesão Francisco Teixeira (natural de Braga, mas vive na Madalena do Mar). Estes eram, principalmente, peças/figuras feitas em barro que representam a cultura e tradições madeirenses e nacionais. Relacionado também com a cerâmica, expôs-se Azulejos tradicionais com impressões de bordado madeira, da Ana Paula e Duarte Gomes (dois irmãos do Paul do Mar). Este projeto designa-se “Azuldesejo” e continha taças, pratos, tabuleiros, bases de copos e acessórios.

As obras de arte da pintora e Professora Margarida Jardim (Funchal), que incluíam pinturas relacionadas com a sua paixão pelas diferentes flores.

Os presépios em miniatura, da Andreia Nóbrega (Caniço). Estes eram feitos com materiais reutilizados e esculpidos em massa fimo.

Os porcos de barro, do Artesão e Professor Renato Barros (Funchal), com diferentes formas, texturas, temáticas e cores.

A arte criativa de Celina Coelho (Boa Morte, Ribeira Brava). Os trabalhos manuais eram diversos e esta utilizava (e reutilizava) diferentes materiais como, pregos e linhas, espinhas de peixe, penas de pássaros, cabaças, cascas de cebola e caricas.

Os trabalhos feitos em vime, de José Pedro Gouveia (Camacha), desde cestos, malas, cadeiras, mesas, bases de copos, baús, garrafões de vinho revestidos em vime, porta revistas e estantes;

“A Rota do Linho” e “Jogos Tradicionais”, do Artesão e Professor Jaime Andrade (Calheta). Este primeiro continha todas as fases da produção do linho, desde a plantação ao produto final (tecido). Já o segundo, incluía o levantamento de alguns jogos tradicionais, feito pelo próprio, tais como, a macaca, o jogo do pião e das pedrinhas, carros de madeira e cana, entre outros.

Tutela: Câmara Municipal da Ribeira Brava.

Morada: Rua Comandante Camacho de Freitas, Campanário, Ribeira Brava.

Telefone: 291 952 135

Email: 

Horário: De segunda-feira a sexta-feira – Das 9h00 às 17h00.

Espaço do Artesão
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